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Paróquia São José - Botuverá

Criada em 28 de Agosto de 1912 (103 anos)

As guerras, as crises sociais e econômicas, provocaram a emigração de italianos, principalmente da região norte, para o Brasil. A miséria, o desemprego, a propaganda enganosa das agências de imigração, motivaram muitos italianos a deixarem sua pátria e partirem em busca de novas esperanças em novas terras.

Chegando ao Brasil, os imigrantes recebiam autorização para ocuparem as colônias. Os que chegaram ao Porto de Itajaí, os nossos primeiros imigrantes seguiram até Brusque e se alojaram em barracas e barracões na localidade, hoje, de Águas Claras. Em seguida, com o uso de canoas e balsas improvisadas, subiram o Rio Itajaí-Mirim e se fixaram nas terras que denominaram “Porto Franco”, hoje Botuverá.

Ao chegarem nesta região, iniciaram construção de seus novos lares e sítios. Deram início ao desbravamento das matas, deram os primeiros passos para agricultura, que se tornou o marco econômico da população botuveraense até os nossos dias.

Não há fontes seguras dos nomes dos primeiros imigrantes de Porto Franco. De acordo com informações dos mais antigos (descendentes diretos), foi possível confirmar que entre os pioneiros vieram as famílias, Bósio, Bonomini, Pedrini, Molinari, Tirloni, Aloni, Gianesini, Betinelli, Raimondi, Rampelotti, Dognini, Morelli, Tomio, Maestri e Comandolli, num total de trinta e três famílias.

Cada família procurou um local para se estabelecer, delimitou e formou ali sua propriedade. Outras levas de imigrantes vieram. Ocuparam outras localidades como Águas Negras, Ribeirão do Ouro, Lageado, estabelecidas no Vale do Itajaí-mirim.

Com a chegada das primeiras trinta e três famílias, em 1.876, fundou-se o povoado, denominado pelos próprios imigrantes de “Porto Franco”, subordinado à Brusque. O território pertenceu a antiga Colônia Itajaí e depois, a Colônia Príncipe Dom Pedro. Foi em seguida incorporado ao município de Brusque.

Não se sabe ao certo o ano em que foi construída a primeira igreja dos imigrantes italianos, em Botuverá. Sabe-se que era uma humilde e simples construção de madeira, onde se reuniam os fiéis, dominicalmente, para prestar seu culto a Deus. De tempos em tempos eram servidos por um padre vindo da Paróquia de Brusque.

A atual Igreja Matriz, foi construída em 1899, em terras que haviam sido doadas pela família Morelli, em 1876. A Paróquia São José de Porto Franco, foi criada por Decreto do Dom João Becker, datado de 28 de agosto de 1912, com território totalmente desmembrado da Paróquia São Luís Gonzaga, de Brusque, “compreendendo toda a bacia da parte superior do Rio Itajahy-mirim”.

O primeiro Pároco nomeado, Pe. João Stolte SCJ, fixou residência em Botuverá, em setembro de 1912 aí permanecendo até agosto de 1920. A 18 de março de 1949 o então Vigário de Botuverá, Pe. Bernardo Koewner SCJ, transfere sua residência para Vidal Ramos, de onde passou a governar a Paróquia.

No dia 14 de fevereiro de 1925, o Superintendente Municipal João Schaefer sanciona a lei n. 26 que cria no Município de Brusque, o Distrito de Paz de Porto Franco com limites entre o Ribeirão das Águas Negras e a cabeceira do rio Itajaí-Mirim. Foi primeiro Juiz o Sr. João Merico e suplentes os Srs. Francisco A. Werner, José Fachini e Pedro Colzani; escrivão o Sr. Humberto Mazzolli e subdelegado o Sr. Adamo Bonomini. A sede foi elevada à categoria de Vila pela Lei Estadual n. 86 de 31/03/1938.

Ainda em 1925, o Distrito de Paz, de Porto Franco, recém instalado, recebeu em 24 de julho, a visita do Cônsul da Itália Cav. Caetano Vechietti.Em 7 de novembro de 1926, realizou-se as eleições para Superintende Municipal de Brusque, e para Juízes de Paz. No distrito de Porto Franco foi eleito para Juiz de Paz o Sr. João Morelli.

Em 1.945, Porto Franco foi elevado à categoria de Distrito e como primeiro Intendente Distrital foi nomeado o Sr. Adão Bonomini, que permaneceu no cargo até 1.952. Quem assumiu como novo Intendente foi o Sr. Augusto Ângelo Maestri, que governou a intendência até maio de 1.962.

Em janeiro de 1951 foram desmembradas de Botuverá algumas Capelas que compuseram a Paróquia de Vidal Ramos, hoje pertencente à Diocese de Rio do Sul.A 6 de agosto de 1961, após a bênção da pedra fundamental, por Dom Joaquim Domingues de Oliveira, foi iniciada a construção da nova Casa Paroquial. Sua inauguração aconteceu em 1962, por ocasião dos festejos comemorativos do cinqüentenário de criação da Paróquia.

Em 28 de abril de 1.962, a Câmara Municipal de Brusque, sob a presidência do Sr. João Batista Martins, sancionou a Resolução de Nº 238, que criava os municípios de Botuverá e Guabiruba, desmembrados do território do município de Brusque.Em 07 de maio de 1.962, a Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina, através da Lei Nº 821, homologou a criação dos Municípios de Botuverá e Guabiruba.

Em 09 de junho de 1.962, foi instalado oficialmente o Município de Botuverá, data oficial da emancipação política e administrativa do mesmo. Nesta data assumiu provisoriamente como prefeito, o Sr. Zeno Belli, até ser eleito um prefeito efetivo, o que aconteceu em 03 de outubro de 1.962.

Botuverá

É uma palavra na língua Tupi-Guarani que significa “Bons Brilhantes”. Nome Botuverá foi originado em conseqüência da existência de vários minérios no Município, principalmente o ouro, que já foi um minério muito extraído, e foi uma das principais atividades econômicas do Município.
Existem alguns outros significados que são:
• Pedra Preciosa
• Montanhas Brilhantes

Todos os significados têm fundamento, considerando que em grande parte do território de Botuverá se encontram rochas magmáticas, metamórficas e sedimentares constituídas de minérios como ouro, ferro, cobre, manganês, pedras calcárias, urânio e outros.
Os vales e montanhas que caracterizam o relevo justificam o nome “Montanhas Brilhantes” cobertas por verdes matas garantindo um ar puro e saudável, além de apresentar paisagens dignas de serem vistas e admiradas por todos.

 
 

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